Nossa religião, nossa maneira de viver e todos os ensinamentos nos mostram a importância de respeitar a ancestralidade. Os ancestrais desta terra são os povos indigenas, eles estavam aqui antes de todos os outros que chegaram. Eles preservaram tradições, conhecimentos. Mantiveram a qualidade de vida animal e das florestas. Cuidaram para que seus saberes fossem transmitidos e compartilhados. Devemos a eles todo nosso respeito.
Em janeiro nossa casa sempre presta sua homenagem a estas entidades ancestrais que muito tem a nos ensinar, festejamos e agradecemos por nos darem a honra de poder estar com eles nestes encontros, podermos beber de sua fonte de conhecimento.
Os Caboclos conhecem todos os segredos das forças da natureza, sabem como descarregar um ambiente cheio de energias negativas. Sabem curar uma pessoaanto de males físicos omo espirituais, as tem a sabedoria e o respeito de indicar o caminho para os os senhores de branco (médicos), pois sabem reconhecer os saberes alheios.
Os Caboclos são genuinamente brasileiros, em nossa casa mantemos a tradição de ter toques de equilíbrio de vida com os Caboclos.
Pai Caio de Xangô assim o fez, recebia o Caboclo Rompe Mato e tocava no Axé uma mescla de terreiro de umbanda e o culto com práticas do candomblé ketu, Com a ajuda D. Antonia Pimenta, Tia Miramar de Oxóssi, D. Kauiza de Ogum e muitas outras mulheres negras benzedeiras e curadoras. Respeitou os senhores da terra e assim se recebiam os caboclos e pretos velhos.
Aprendemos com nossos mais velhos e com aquele que plantou nosso Axé que sempre devemos reverenciar nossos ancestrais e os ancestrais da Terra. Salve os Caboclos, que tenham, força para resistir sempre e nos ensinar a caminhar.
Venham participar de nossa Festa de Caboclo, será dia 26 de janeiro, a partir das 16hs.
Referência do texto: “A Força da Casa do Rei”: Caio de Xangô e o candomblé de São Paulo, in Caminhos da Alma, Memória Afro-Brasileira, Rita Amaral e Vagner Gonçalves da Silva, Ed. Summus, São Paulo, 2002
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